O Brasil registrou avanços expressivos em emprego, renda e redução da pobreza extrema nos últimos anos, alcançando resultados históricos em diversos indicadores sociais e econômicos. Em 2023, a taxa de pobreza extrema caiu para 4,4%, o menor nível já registrado, o que representou a saída de quase 10 milhões de pessoas dessa condição em comparação a 2021. Já em 2024, a taxa de desemprego recuou para 6,6%, a menor desde 2012, enquanto o rendimento domiciliar per capita atingiu R$ 2.020, o maior valor da série histórica. O índice de Gini, que mede a desigualdade, caiu para 0,506, confirmando a redução das disparidades de renda. Entre os 10% mais pobres, a renda do trabalho cresceu 10,7%, ritmo 50% superior ao registrado pelos 10% mais ricos, enquanto a renda média do trabalho avançou 7,1% no ano.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país criou 1,7 milhão de empregos formais em 2024, dos quais 98,8% foram ocupados por pessoas cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal. Entre os contratados, 1,27 milhão (75,5%) eram beneficiários do Bolsa Família. Com a conquista de empregos estáveis e melhores condições financeiras, cerca de 1 milhão de famílias deixaram o programa em julho de 2025, ao superar a situação de pobreza. Esses avanços reforçam o impacto das políticas públicas de geração de trabalho e renda, associadas a programas de qualificação profissional e estímulo ao empreendedorismo.
Esses resultados também influenciaram indicadores internacionais, como o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O relatório mais recente apontou que o Brasil saiu novamente da lista de países com mais de 2,5% da população em situação de subalimentação grave, consolidando uma média abaixo desse patamar no triênio 2022-2024. O país voltou a utilizar ferramentas como a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) em pesquisas do IBGE e o monitoramento nutricional do Bolsa Família para orientar políticas públicas e identificar grupos vulneráveis. Com esses avanços, o Brasil demonstra que a combinação de geração de renda, fortalecimento de políticas sociais e acesso a alimentação adequada é fundamental para reduzir desigualdades e promover segurança alimentar.