A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril de 2025, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (29) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice permanece estável em relação ao trimestre anterior, de novembro de 2024 a janeiro de 2025, que registrou taxa de 6,5%, e representa uma queda de 1 ponto percentual em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a taxa era de 7,5%.
O levantamento aponta que o número de empregados com carteira assinada no setor privado, desconsiderando os trabalhadores domésticos, alcançou um novo recorde: 39,6 milhões de pessoas. O contingente representa um crescimento de 0,8% (ou mais 319 mil trabalhadores) em relação ao trimestre anterior, e uma alta de 3,8% (ou 1,5 milhão de pessoas) no comparativo anual. Já o número de empregados sem carteira no setor privado manteve-se estável no trimestre e no ano, totalizando 13,7 milhões. No setor público, houve crescimento de 1,8% no trimestre e de 3,5% (mais 427 mil trabalhadores) em relação ao ano anterior.
Em termos de renda, o rendimento real habitual da população ocupada foi estimado em R$ 3.426, permanecendo estável no trimestre e registrando alta de 3,2% no ano. A massa de rendimento real habitual também atingiu novo recorde, chegando a R$ 349,4 bilhões — estabilidade em relação ao trimestre anterior e crescimento de 5,9% (ou mais R$ 19,5 bilhões) frente ao mesmo período de 2024. Entre os setores com aumento no número de ocupados, destacam-se: indústria (471 mil a mais), comércio (696 mil), transporte e armazenagem (257 mil), atividades financeiras e profissionais (435 mil) e administração pública e serviços sociais (731 mil). A única retração foi observada na agropecuária, com queda de 4,3% — o equivalente a menos 348 mil postos de trabalho.