Desemprego no Brasil atinge menor nível desde 2012, mas informalidade segue em alta

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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,2% no trimestre de agosto a outubro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29). Esse é o menor nível registrado desde 2012, reforçando a tendência de recuperação no mercado de trabalho. A queda representa uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,4 ponto percentual na comparação anual. No total, 6,8 milhões de brasileiros ainda permanecem desempregados.

O avanço na geração de empregos foi impulsionado principalmente pelos setores da indústria, construção e serviços. A indústria liderou as contratações, com 381 mil novos postos (alta de 2,9%), seguida pela construção, que registrou 183 mil contratações (2,4%), e pelos serviços, com 187 mil ocupados adicionais (3,4%). No entanto, a informalidade também atingiu níveis recordes, com 40,3 milhões de trabalhadores atuando sem carteira assinada, o equivalente a 38,9% do total de ocupados, o maior percentual em oito anos.

Enquanto a taxa de subutilização caiu para 15,4%, o menor índice desde 2014, o número de desalentados – aqueles que desistiram de procurar emprego – chegou a 3 milhões, o menor desde 2016. O rendimento médio real dos trabalhadores se manteve estável em R$ 3.255, mas apresentou alta anual de 3,9%. Apesar dos avanços, os desafios permanecem, como a elevada informalidade e a necessidade de consolidar o crescimento sustentável no mercado de trabalho brasileiro.

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