A inflação oficial do país registrou desaceleração em maio, conforme aponta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação de 0,26% ficou 0,17 ponto percentual abaixo da taxa observada em abril (0,43%). Com isso, o índice acumula alta de 2,75% no ano e de 5,32% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,53% registrados no período imediatamente anterior. Em maio de 2023, a variação havia sido de 0,46%.
O grupo Alimentação e Bebidas — o de maior peso no IPCA — também apresentou desaceleração: de 0,82% em abril para 0,17% em maio. Os alimentos consumidos no domicílio registraram variação praticamente estável (0,02%), influenciada pela queda nos preços do tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%). Em contrapartida, houve aumento nos preços da batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%). Fora de casa, a alimentação subiu 0,58%, abaixo do índice de abril (0,80%). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais também desacelerou, passando de 1,18% para 0,54%, influenciado pelos reajustes autorizados nos medicamentos e no plano de saúde.
No grupo Transportes, houve queda de 0,37%, com impacto de -0,08 ponto percentual no índice geral. A redução foi puxada principalmente pelas passagens aéreas (-11,31%) e pelos combustíveis (-0,72%), com destaque para o diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%). Em contrapartida, a energia elétrica residencial subiu 3,62% com a entrada da bandeira tarifária amarela, e foi o subitem de maior impacto individual no mês (0,14 p.p.). Regionalmente, Brasília teve a maior alta (0,82%) por conta dos aumentos na energia elétrica e na gasolina. Já Rio Branco apresentou estabilidade (0,00%), influenciada pela queda nos preços do ovo de galinha e do arroz.
