
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou, no último dia 10 de novembro, os novos dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos referentes ao mês de outubro. Segundo o levantamento, o custo dos alimentos essenciais aumentou em 16 das 27 capitais brasileiras, evidenciando a pressão crescente sobre o orçamento das famílias. As cestas mais caras foram registradas em São Paulo (R$ 847,14), Florianópolis (R$ 824,57) e Porto Alegre (R$ 823,57), enquanto os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 550,18), Maceió (R$ 592,25) e Salvador (R$ 606,39).
Com base nesses resultados, o DIEESE calculou que o salário mínimo necessário, em outubro de 2025, deveria ter sido de R$ 7.116,83, cifra 4,69 vezes superior ao salário mínimo oficial vigente, de R$ 1.518,00. Esse cálculo leva em conta o valor da cesta básica mais cara do país e o preceito constitucional que determina que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir todas as despesas essenciais de uma família: alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Para Regina Lemos, presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Canindé (SINDSEC), os dados reforçam a urgência de políticas públicas de valorização salarial, a revisão das condições de trabalho e o fortalecimento das lutas por renda digna no setor público. Em um cenário de alta no custo de vida e crescente sobrecarga econômica, torna-se ainda mais evidente a importância de um salário que garanta condições reais de sobrevivência e dignidade.







