O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou, na última quinta-feira (08/05), os dados atualizados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) referentes ao mês de abril. O levantamento mostrou que o custo da cesta básica subiu em 15 das 17 capitais brasileiras analisadas, reforçando o impacto da inflação sobre os alimentos e o poder de compra da população.
Segundo o estudo, as cestas mais caras foram registradas em São Paulo (R$ 909,25), Florianópolis (R$ 858,20) e Rio de Janeiro (R$ 849,70). Já os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 579,93), Salvador (R$ 632,12) e João Pessoa (R$ 641,57). O aumento generalizado reflete diretamente no orçamento das famílias brasileiras, especialmente das que dependem exclusivamente de salários mais baixos e de benefícios vinculados ao salário mínimo.
Com base nesses dados, o DIEESE também estimou que o salário mínimo ideal para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.638,62 em abril de 2025. O valor é 5,03 vezes superior ao salário mínimo oficial, fixado em R$ 1.518,00. A conta leva em consideração a previsão constitucional de que o salário mínimo deve garantir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Para o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Canindé (SINDSEC), os dados do DIEESE reforçam a urgência da luta por valorização salarial, correção do poder de compra e investimentos em políticas públicas que garantam dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras.