76,1% das famílias brasileiras seguem endividadas, revela pesquisa da CNC

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Imagem: Freepik

Uma pesquisa divulgada na última quinta-feira (6) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou uma redução no percentual de famílias endividadas no Brasil, que caiu para 76,1% em janeiro. Esse resultado representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e de 2 pontos percentuais na comparação com janeiro de 2024. Apesar do recuo, o estudo mostra que o endividamento ainda compromete significativamente a renda das famílias, especialmente entre aquelas com menores ganhos. A pesquisa também apontou uma leve redução na inadimplência, com 29,1% das famílias possuindo dívidas em atraso e 12,7% afirmando que não conseguirão quitá-las.

Casos individuais refletem a realidade apontada pelo estudo. Algumas famílias conseguiram sair da situação de endividamento ao reduzir gastos e evitar compras parceladas. Em outros casos, a dívida se tornou uma bola de neve, especialmente entre aqueles que enfrentaram desemprego ou redução de renda. O cartão de crédito continua sendo o principal meio de endividamento, abrangendo 83,9% dos consumidores com dívidas, embora esse percentual tenha registrado uma leve queda de 3% em relação a janeiro do ano anterior. Para algumas famílias, o endividamento foi agravado por despesas imprevistas, como problemas de saúde, levando à necessidade de renegociação de juros e busca por alternativas junto a órgãos de defesa do consumidor.

Mesmo com a leve melhora nos índices, a CNC alerta que o endividamento pode voltar a crescer ao longo de 2025, com projeção de que 77,5% das famílias brasileiras estejam endividadas até o final do ano. O impacto é mais severo entre as famílias que ganham até três salários mínimos, grupo que registrou aumento no endividamento, atingindo 79,2%, além de 18,4% que não terão condições de pagar suas dívidas. O estudo também revelou que um quinto das famílias endividadas tem mais da metade de sua renda comprometida com pagamentos. Segundo a CNC, as perspectivas para o consumo seguem conservadoras, e a tendência é que o crédito continue sendo um desafio para grande parte dos brasileiros.

Matéria com dados da Agência Brasil.

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