Na manhã deste sábado, 7 de setembro, data que marca a independência do Brasil, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Canindé (SINDSEC), ao lado da classe trabalhadora do município, tomou as ruas em referência à 30ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas.
O ato, além de amplificar as demandas da classe trabalhadora, como o fim do confisco de salários, o combate à fome e a valorização do serviço público, também trouxe à tona uma denúncia grave envolvendo o Instituto de Previdência do Município de Canindé (IPMC).
Durante a mobilização, o sindicato distribuiu 500 exemplares de uma cartilha intitulada “Os Dilemas da Previdência Própria do Município de Canindé”, que apresenta um estudo detalhado sobre os últimos anos de gestão do instituto. O material expõe a trajetória da dívida do IPMC, que em 2017 era de R$ 134 milhões e, atualmente, atinge a preocupante cifra de R$ 830 milhões. Esse aumento exponencial do déficit atuarial levanta sérias dúvidas sobre a responsabilidade e a competência dos gestores públicos ao longo dos anos.
As informações contidas no Demonstrativo de Informações Previdenciárias e Repasses (DIPR), com base nos dados do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social (CADPREV) de 2024, revelam discrepâncias significativas entre os valores devidos e os efetivamente repassados tanto pelo ente patronal quanto pelos servidores. O montante devido, somando a contribuição patronal e a dos servidores, chega a R$ 6.910.704,31, evidenciando a gravidade da situação previdenciária no município.
O Grito dos Excluídos e Excluídas, mais uma vez, serviu como palco para a luta por direitos e justiça social, unindo as vozes de quem busca um país mais justo e equitativo. O SINDSEC reafirma seu compromisso com a classe trabalhadora, cobrando transparência e responsabilidade dos gestores públicos.